O Wireframe, um “esboço” do site (pte 2) | geekado
Em posts anteriores já tocamos neste assunto e mostramos algumas ferramentas que podem ser usadas para se produzir um wireframe. Agora, vamos colocar mais algumas ideias e detalhar um pouco mais alguns pontos.
Em primeiro lugar, antes de partir para a elaboração do wireframe, o profissional deve procurar entender o mais claramente possível o que ele estará concebendo. Nesta altura, a velha dupla lápis e papel pode ser bem útil, para que ele anote e esboce todas as informações relevantes sobre os objetivos do cliente ao lançar ou redefinir uma página e quem é e do que mais precisa o público-alvo daquela empresa. Afinal, um bom site deve servir às duas partes, ou seja, deve ser bom para o empreendimento, projetando seu nome e suas atividades e ser de boa utilização, claro, agradável e satisfatório para o público usuário.
De vez em quando, e isso acontece muito com os freelancers, surge a situação de um profissional ser contratado para desenvolver um site de um empreendimento sobre o qual ele não tem conhecimento. Algum ramo de atividade ou produto que ele nunca experimentou e não tem muitas ideias, até fica na cabeça aquela ideia de “não sei nem por onde começar”… aí é que está a suma importância de ter contato com o cliente, de tentar entender tanto este quanto o seu público. Neste caso, se o orçamento do projeto permitir, é bom a utilização de questionários e entrevistas com potenciais usuários e com os donos do negócio também. Pesquisar na Internet ou em campo é uma boa alternativa, mas há de se ter o cuidado de não buscar fontes e colher informações de contextos que acabem se tornado muito diferentes do que vai ser trabalhado no projeto em questão.
Outra coisa, ninguém deve ter vergonha de dar uma pesquisada na Internet, em sites de empresas concorrentes , para pegar inspiração, clarear as ideias. O que não se deve fazer, sob hipótese alguma, é copiar, meter o ctrl-C / ctrl-V pura e simplesmente, isso é antiético e pode trazer sérios problemas, até judiciais.
Como já colocamos num post anterior sobre wireframes, existem três modelos que podem ser utilizados. O de baixa, média e alta fidelidade. Mas, em que situações é mais recomendável o uso de cada um desses modelos?
Os Wireframes de alta fidelidade, têm a vantagem de serem mais detalhados, sendo capaz de simular quase todos os elementos do produto final. Porém, demandam mais tempo para serem feitos, podem não caber no orçamento do projeto e serem difíceis de reajustar, caso surjam, como sempre surgem, aqueles pedidos de alterações de última hora.
Os de média fidelidade, são um pouco mais práticos, pois não necessitam de tanto detalhamento, e isso pode ser bom, pois encurta o tempo que leva para serem produzidos, reduzindo, por tabela, os custos. Por outro lado, justo pelo fato de não apresentarem maiores detalhes, correm o risco de não serem bem compreendidos pelo cliente, provocando algumas situações indesejáveis no relacionamento com o profissional de Web.
Já os de baixa fidelidade, como são os mais simples, também são os que levam menos tempo e são os mais baratos, mas, podem provocar uma falta de clareza na transmissão das informações do conteúdo do site. Pode acontecer até do cliente achar que está mal feito, e o barato acaba saindo caro.
Daí a extrema importância de tudo aquilo que foi colocado no início do post, ou seja, do profissional de Web também ser, de certa forma, um pesquisador, sempre em busca de conhecer melhor os envolvidos no projeto, como pensam e consomem, etc…
Afinal, um Wireframe bem feito, ajuda a proporcionar um bom resultado final, e isso é legal para todo mundo: A empresa pode ampliar seu público, fortalecer sua marca e fazer bons negócios online, o público-alvo tem mais facilidade e comodidade na hora de consumir, e o Web designer realiza um bom trabalho, fortalecendo seu nome no mercado e abrindo as portas para voos cada vez mais altos.
Informações pesquisadas em: Revista Webdesign, nº 79, Julho de 2010.
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